terça-feira, 19 de março de 2013

Florianópolis já tem seu Conselho Municipal de Juventude

No fim de tarde do dia 14 de março, o Conselho Municipal de Juventude foi nomeado pela primeira vez na história de Florianópolis. Inicia-se uma nova etapa da luta dos movimentos ligados à juventude na cidade.

O momento político é positivo. Nos últimos anos, políticas públicas para esse segmento têm sido constituídas, amparadas pelos marcos das duas Conferências Nacionais de Juventude, respectivamente ocorridas em 2008 e 2011. No entanto, os desafios ainda são inúmeros, como enfrentar as desigualdades e os problemas com os quais convivem os/as jovens de Florianópolis e Santa Catarina.

A vitória da juventude florianopolitana - e por que não catarinense, tendo em vista que o Estado não conta com o conselho estadual similar? - é reflexo de mobilizações e debates que perpassaram os últimos dez anos. Organizações de todos os matizes, que compõem o quadro dos movimentos sociais de juventude, atuaram para a construção de novos paradigmas, o que reflete hoje nessa primeira nomeação de conselheiros e conselheiras.

A instalação da Coordenadoria Municipal de Juventude - não se faz aqui juízo de valor sobre a sua atuação -, precede em alguns anos a existência prática do Conselho e avança ao colocar a juventude em espaço de visibilidade, no qual pode-se pensar e propor as suas pauta. Mas, transformá-la em secretaria é uma das expectativas que precisam estar no horizonte do poder público de Florianópolis.

A título de conhecimento e reconhecimento, a Lei 8452/2010 institui o Conselho Municipal de Juventude. Em pouco mais de dois anos, é colocada em prática, mas ainda apresenta-se incipiente. A representação da sociedade civil é pequena, embora paritária aos membros que compõem a participação do poder público, e ainda não reserva espaço para outros segmentos que participam da vida da juventude na cidade.

Os desafios partem da necessidade de colocar Florianópolis na mesma "mão" em que caminham as políticas públicas de juventude no Brasil, garantindo direitos e visibilidade. A tarefa será enfrentar as dificuldades, as divergências e os preconceitos, constituir a luta de ideias e primar pela pluralidade. Equidade, é o queremos.

Clarissa Peixoto - Jornalista

quarta-feira, 13 de março de 2013

Por que ainda lutam as mulheres?

Dia 8 de março é marcado pelas comemorações das conquistas femininas ao longo da história, mas é, sobretudo, dia de reflexões e luta. No Brasil, a equidade de gênero, embora apresente avanços, ainda é um desafio a ser superado.

Representamos mais de 51% da população brasileira. No entanto, nossa participação política é muito pequena. Na Câmara Federal, dos 513 deputados eleitos, apenas 44 são mulheres. Esses dados apontam para uma diferença gritante, que deve ser superada com medidas do estado e organização da sociedade.

Nesse sentido, a reforma política se coloca como essencial. Seus marcos, se vitoriosos do ponto de vista da equidade de gênero, apresentarão às mulheres brasileiras avanços no campo político e social. Nessa data de lutas, defendemos a ampliação dos direitos, diminuindo o abismo entre homens e mulheres, fator preponderante para alcançarmos níveis de maior desenvolvimento social e consolidarmos nossa democracia.

Nós, feministas brasileiras, também nos somamos às vozes que, em todo o mundo, se levantam contra os fundamentalismos. Hasteamos a bandeira da tolerância, da defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, da liberdade religiosa, da livre orientação sexual, contra o racismo e o preconceito em todas as suas formas. O conservadorismo, amparado por preceitos religiosos unilaterais, não pode ser a baliza de um estado democrático, laico e que deve primar pela pluralidade de ideias e ampliação de direitos.

O retrocesso não será bem-vindo a 2013, mantemos ao alto nossas bandeiras de liberdade, justiça social e tolerância. Que outros 8 de março possam ser de conquistas para as mulheres!

Clarissa Peixoto - Jornalista

quarta-feira, 6 de março de 2013

O silêncio da blogueira

O Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos (seu último livro se intitula Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba, Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade), Salim Lamrani faz muitas perguntas. Agora ele publicou um texto no www.operamundi.uol.com.br em que mostra que a blogueira Yoani Sánchez ocultará 50 verdades sobre Cuba. Entre elas a afirmação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), de que “as medidas aplicadas por Cuba na atualização de seu modelo econômico com vistas a conseguir a soberania alimentar podem se converter em um exemplo para a humanidade”.

“Vá chafurdar no lixo”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Joaquim Barbosa mandou o jornalista Felipe Recondo (O Estado de S. Paulo) “chafurdar no lixo” na saída da sessão do CNJ na tarde desta terça-feira. A ordem ao jornalista foi a resposta a uma pergunta feita por Recondo. Depois de uma breve discussão Barbosa dirigiu-se aos elevadores, mas no meio do caminho ainda esbravejou: “Palhaço”. A Secretaria de Comunicação do Supremo publicou nota desculpando-se. O texto informa que Barbosa sentia dores e que a agenda do Conselho foi muito intensa. (Com informações do Consultor Jurídico)